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Vereador apela “à paz” entre Belmonte e Caria

Em tempos de Natal, foi um autêntico apelo “à paz” e ao enterrar dos “machados de guerra” nas relações institucionais entre a Câmara de Belmonte e a Junta de Freguesia de Caria. O vereador da CDU, Carlos Afonso, apelou na última reunião pública do executivo, quinta-feira, 15, a um clima mais harmonioso nas relações existentes, que nos últimos meses se têm extremado, quer com a Junta, quer com algumas outras instituições daquela vila.

“Se queremos paz, que a guerra não seja por nós não fazermos tudo para a alcançar” apelou o vereador, quando a Câmara aprovava, por unanimidade, a transferência de competências para as Juntas de Freguesia. Um “bolo” total de mais de 500 mil euros, que foi negociado entre a Câmara e a União de Freguesias de Belmonte/Colmeal da Torre, Inguias e Maçaínhas. Quanto a Caria, fica com o acordo que estava em vigor em 2022, uma vez que não se fez representar nas reuniões preparatórias do Orçamento Municipal de 2023.

“Para Caria vai ficar o que já estava definido anteriormente. São cerca de nove mil euros por mês. Foi o único sem alteração” explica o presidente da Câmara, António Dias Rocha, que se mostra disponível a dialogar, e negociar valores futuros, lamentando, contudo, que a autarquia cariense não tenha comparecido a uma reunião preparatória.

“Se não é do vosso conhecimento, tivemos um encontro com os presidentes de Junta. Estiveram todos, menos Caria. O presidente disse que não podia vir. Já após aprovarmos o orçamento, pedi encontros, que não existiram. Vão ficar com o acordo que já existia” disse Dias Rocha, que lamenta a falta de diálogo. “A Junta não é o presidente da mesma. São três pessoas. Se ele não podia, mandava alguém. Mas se por algum motivo tiverem dificuldades, podem vir ter connosco” garante o autarca.

O vereador da CDU, Carlos Afonso, diz que não sabe de quem é a culpa pelo extremar de relações, mas que “como belmontense, sinto-me mal no meio desta guerra. Acabem lá com isto, que não é bom para ninguém” garante.

A partir de agora, além de Belmonte/Colmeal e Caria, também as juntas de freguesia de Inguias e Maçaínhas (a quem não tinham sido delegadas competências) passam a ter outras responsabilidades, que passam, entre outras, pela limpeza de ruas ou manutenção de jardins. “Só os buracos que há na estrada é que é a Câmara a tapar” esclarece Dias Rocha.

Organização da Santa Bebiana contesta falta de apoio

Antes do período da ordem do dia, Dias Rocha também revelou a sua insatisfação pelo facto dos elementos que este ano organizaram a festa de Santa Bebiana, em Caria, terem tirado uma foto em frente ao edifício dos Paços do Concelho, e publicado nas redes sociais, em que criticavam a falta de apoio da autarquia ao evento realizado no início do mês em Caria.

“Começo a estar cansado disto. Os senhores da Santa Bebiana acham que a Câmara não lhes deu nada. Mas fez o que tinha a fazer. Cedeu barraquinhas, que foi lá levar. Depois, tiveram o apoio do CLDS (Contrato Local de Desenvolvimento Social- Projecto Esperança), e parece que eles é que lhes deram. Quem administra a CLDS é a Santa Casa, com supervisão da Câmara. O doutor Luís D’Elvas (que lidera a CLDS) não lhes dá nada. Quando o projecto acabar, vamos recandidatar, mas não quer dizer que seja ele a lá ficar” disse o autarca, que divulgou outros apoios, como o pagamento de um músico da festa ou a cedência do comboio turístico.

Sobre a foto divulgada nas redes sociais, Dias Rocha foi crítico com a alegada presença do presidente da Junta de Freguesia de Caria, Silvério Quelhas. “Tem umas costas bonitas, mas vê-se bem quem é. Mas só me chateia quem eu quero”.

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