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Guarda a querer “meter-se” no mapa dos espanhóis

Autarca local, Sérgio Costa, justifica primeira presença da Guarda na 44ª edição da Feira Internacional de Turismo de Madrid (FITUR), pelo facto do concelho já atrair espanhóis, mas poder “ainda crescer” nesse mercado. Um “investimento forte” e não “um custo” ter estado com stand próprio na capital espanhola

Promover e divulgar o território é o objetivo que todos têm em comum. Na edição de 2024 da Feira Internacional de Turismo (FITUR), em Madrid, além da Covilhã, outros municípios da região também marcaram presença, como foi o caso da Guarda, de Castelo Branco e da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela.

“Estamos a vender a nossa economia também, os nossos produtos e o nosso turismo”, afirma ao NC Sérgio Costa, presidente da Câmara Municipal da Guarda. “Temos de estar sempre de braços abertos para vir a todas as iniciativas que sirvam para captar novos públicos e captar novos fluxos turísticos para a nossa região e, particularmente, para a Guarda” salienta.

Segundo o autarca, o Município embarcou na ideia de alugar um stand numa das maiores feiras de turismo da Europa, para mostrar o que tem “de melhor”, a começar pelos Passadiços do Mondego. “No primeiro ano, tiveram cerca de 120 mil visitantes. Em números redondos, 80% eram oriundos de Portugal e 20% eram de Espanha. Ou seja, temos uma margem de crescimento muito grande no mercado espanhol”, explica Sérgio Costa. Segundo o autarca, os passadiços são, de momento, o melhor produto do concelho. “É aquele produto que, depois da Torre, da Serra da Estrela, é o que atrai mais pessoas à região”, revela.

A estratégia da Câmara passou por associar a promoção dos Passadiços às restantes atividades que acontecem no seu território. “O grande produto que viemos vender aqui, os Passadiços, associámos às outras iniciativas que vamos tendo ao longo do ano. Seja o Guarda Wine Fest, já que temos um mercado de vinho muito importante e onde se fazem, quiçá, os melhores vinhos do mundo: a Beira Interior, o Dão e o Douro.” Ou a gastronomia, já que a Guarda foi distinguida como destino gastronómico de eleição. “Temos de vender esse bom galardão para que as pessoas, ao nos visitarem, possam disfrutar da nossa gastronomia, da nossa restauração. Ou do nosso Carnaval do Galo, que é muito identitário e representa as nossas raízes e tradições. É mais um excelente motivo para, não só os espanhóis, mas também os portugueses, visitarem a Guarda. É um grande bolo que se pode fazer com todos estes ingredientes de uma visita à cidade”, afirma.

Sérgio Costa defende a importância de uma oferta cada vez mais variada. “Temos cartaz para o ano inteiro. É importante podermos captar os turistas e eles terem uma oferta diversificada. Todos temos gostos diferentes. Temos de ter esse cartaz muito diversificado, ao nível cultural, turístico, desportivo, para que as pessoas possam escolher a época do ano e a iniciativa ou o evento em que pretendem participar, seja na Guarda ou na região. Porque com todas estas iniciativas, não ganha só a Guarda, mas sim toda a região. Uma boa parte destes turistas que vieram aos Passadiços do Mondego no primeiro ano ficaram alguns a dormir na Guarda e outros ficaram na região. Todos ganhamos com tudo isto. A Guarda tem esta responsabilidade acrescida desta envolvência regional”, considera o autarca.

“É a primeira vez que participamos na FITUR. Quisemos fazer esta aposta com um investimento forte”, refere o edil egitaniense, adiantando que “são algumas dezenas de milhares de euros para estarmos na feira”. “Eu não lhe chamaria custo, chamar-lhe-ia sempre investimento no turismo”, vinca.  “O turismo está em verdadeiro crescendo. Mas tem de haver uma aposta cada vez maior na divulgação. Toda esta envolvência tem de ir crescendo aos poucos, paulatinamente, porque tudo isto custa muito dinheiro. É um forte investimento para nós podermos divulgar todo o nosso país e, particularmente, a nossa região e o nosso concelho” afirma o autarca.

“Nós queremos que as pessoas possam despertar para visitar a Guarda ao longo do ano” espera Sérgio Costa. “Ainda há muitos espanhóis e em particular, aqui na região de Madrid, nas zonas mais afastadas da fronteira – estamos no centro de Espanha – que queremos que percebam onde é que é a Guarda e o que é que a região tem. Isso é fundamental. Meter a Guarda no mapa para os espanhóis é a melhor recompensa que podemos obter da nossa participação nesta feira”, remata o autarca egitaniense.

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