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Alcaide celebra o cogumelo durante um mês

Evento é este ano alargado a dois fins de semana e promove atividades até 9 de dezembro

Em vez dos habituais três dias, o Míscaros – Festival do Cogumelo prolonga-se este ano por dois fins de semana, para que os visitantes possam desfrutar “nas calmas”, e as atividades no evento do Alcaide decorrem até 9 de dezembro.

A abertura do evento está marcada para esta sexta-feira, 17, e Nando Tavares, o presidente da Liga dos Amigos do Alcaide, entidade organizadora, em conjunto com o município do Fundão, sublinha que não vai ser um momento de “corta-fitas”, mas um espetáculo de luz e música na Torre Sineira.

Entre 17 e 19 de novembro realiza-se o habitual evento, centrado na gastronomia, animação de rua, artes, ‘workshops’, concertos e exposições, mas, nesta 14.ª edição, a organização “prolonga a experiência” a um “Míscaros nas Calmas”, de 24 a 26 e, até 09 de dezembro, continuam a ser dinamizados os passeios micológicos, seguidos da prova de pratos.

“Vai ser um primeiro fim de semana que é uma algazarra completa, e um outro, que vai ter também animação, mas mais calmo, para dar oportunidade às pessoas de desfrutarem mais tranquilamente, sem filas”, sintetiza o presidente da LAA.

O responsável explicou o conceito de Mês do Cogumelo com a necessidade de dar resposta à procura e de os visitantes poderem ter diferentes tipos de experiência, por exemplo vivendo a noite em pleno e, num dos restantes fins de semana, não terem esse constrangimento para se levantarem cedo e participarem nos passeios micológicos, orientados por especialistas.

As 180 vagas abertas para os primeiros passeios esgotaram em dois dias e abriram inscrições para mais três fins de semana em que é possível participar nestas visitas que permitem identificar algumas das mais de 500 espécies existentes na Serra da Gardunha, e também num passeio com cães, o Cãogumelo.

O Míscaros há oito anos que eliminou a utilização do plástico, mas quer acentuar a dimensão de festival ecológico e, este ano, além dos resíduos trazidos da Resiestrela, foi recolhido lixo na Serra da Gardunha, que vai servir para construir as instalações artísticas e criar a decoração nas ruas, alguma por parte dos alunos da escola do Alcaide, numa lógica de envolver toda a comunidade.

“Queremos promover o respeito pela natureza e o conhecimento do nosso património micológico”, sublinhou o presidente da LAA, segundo o qual a sensibilização ambiental é uma das prioridades do Míscaros.

Nando Tavares frisou que os visitantes vão continuar a serem surpreendidos e destacou tratar-se de um evento “feito em casa das pessoas, que abrem as suas portas para os visitantes entrarem” em cerca de 40 espaços.

Pela primeira vez, o festival do Cogumelo vai ter à venda vinte espécies, através de produtores certificados e da Casa do Cogumelo da Gardunha.

O habitual almoço comunitário de arroz de míscaro volta a realizar-se no domingo, 19, e este ano, na Arena Gardunha, vão estar a cozinhar ao vivo, entre outros, dois chefs com estrela Michelin: Alexandre Silva e António Loureiro, que vão “fazer a sua interpretação dos sabores do cogumelo”.

O vice-presidente da Câmara do Fundão, Miguel Gavinhos, vincou o “impacto muito significativo” que o Míscaros tem na economia e turismo locais, nomeadamente na hotelaria, já com a lotação esgotada no concelho e a notar-se “a pressão” nas unidades dos municípios vizinhos.

De acordo com o autarca, o Festival do Cogumelo representa uma circulação de “cerca de meio milhão de euros”, entre as transações feitas no evento e a hotelaria e espaços de restauração locais.

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