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Regresso da marmita deixa restaurantes “à rasca” na pandemia

Nuno Vicente/Jéssica Rodrigues

Por toda a Covilhã, as recentes medidas de confinamento e outras restrições associadas ao recente Estado de Emergência têm afectado vários negócios negativamente, principalmente na área da restauração.

Embrenhado na parte histórica da Cidade Neve encontra-se o restaurante da Associação dos Reformados da Covilhã. Rodeado pela clientela habitual, caracterizada pelos cidadãos da terceira idade, Lourenço Brito, 65 anos, que explora o estabelecimento, refere que o passado fim-de-semana esteve “parado”, no que toca à afluência da clientela e que, a seu ver, foi “tudo daqui da cidade”. O pequeno restaurante, já antes da pandemia, tinha o espaço de refeição com mesas separadas umas das outras e Lourenço Brito orgulha-se de ser “o único” restaurante da cidade “a cumprir o distanciamento” a este nível, cumprindo também as habituais medidas de higienização, com a presença de desinfectante e de máscaras.

Já no restaurante “Montiel”, Miguel Morais, de 32 anos, dono do estabelecimento há nove, lamenta a situação, referindo que nunca teve o negócio tão fraco. “O pior fim-de-semana de sempre. Acredito que antes de ter entrado [no negócio], nunca houve um fim-de-semana tão fraco” lamenta. Os clientes que teve também se restringiram aos moradores do concelho, mas a situação da pandemia levou-o a ele e restantes 19 funcionários do Montiel a “refazer o protocolo” de segurança. Embora o estabelecimento se esforce para cumprir as medidas de segurança, Miguel Morais refere que a clientela está mais hesitante em frequentar o espaço e que isso fere gravemente a sua actividade. “As pessoas têm medo de ir ao restaurante ou cafetaria” afirma, apontando para uma perda de volume de negócios na ordem dos 70 a 80 por cento. Os clientes, a maior parte funcionários da Câmara, advogados ou outros serviços localizados no centro da cidade, segundo Miguel Morais, “optam pela marmita”, para não comer fora.

(Reportagem completa na edição papel)

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