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Quebra da cereja pode chegar aos 70 por cento

Os produtores de Cereja do Fundão apelam à intervenção do Governo para ajudar a minimizar os “elevados prejuízos” que vão ter devido a quebras de produção entre os 50 a 70% provocadas pelas condições meteorológicas “extremas” deste ano.

“Isto não é provocado pela pandemia, mas as consequências são semelhantes. É um carrossel. Nós perdemos, os trabalhadores perdem e a economia local perde. Quem de direito tem mesmo de olhar para isto”, aponta à agência Lusa Luís Xavier, proprietário da empresa “Frutas Sintra da Beira”, localizada em Alpedrinha.

Considerada a principal zona de produção de cereja a nível nacional, o Fundão registou este ano condições meteorológicas “extremas”, entre final de Março e início de Abril, com neve, chuva intensa, queda de granizo e geada fora de tempo. Numa primeira estimativa, a Câmara do Fundão apontou para perda global de cereja superior a 50%. Todavia, os danos têm vindo a avolumar-se e há produtores a apontarem quebras que podem ultrapassar os 70%. A Cerfundão, organização de produtores do concelho, começou a receber cereja esta semana e também já prevê um decréscimo na ordem dos 70%. “Este será um ano muito complicado. Temos uma pandemia comunitária e uma calamidade na produção, pelo que teremos um grande desafio pela frente, sempre focados na qualidade e valorização”, resume o director comercial da Cerfundão, Luís Pinto.

Luís Xavier tem a produção reduzida a cerca de dez toneladas: “É preciso um coração de aço”, diz, enquanto aponta para o pomar. Há árvores praticamente despidas, outras com cereja rachada e outras em que o fruto não chegou a formar-se, porque “abortou”, devido à chuva.

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