Procurar
Close this search box.

Quando a Serra volta a ser destino

É ainda viva, na memória de muitos, a imagem de uma montanha povoada de turistas beirãos, e não só, que durante os meses de verão faziam das Penhas da Saúde e da Nave de Santo António uma estância de descanso. Os poucos recursos para o aluguer de um hotel, os benefícios para a saúde respiratória e até a familiaridade aí criadas eram razões mais do que suficientes para se escolher a Serra como destino de férias.

As tendas, os colchões, o pequeno fogão, os tachos e as panelas eram a bagagem de quem se deliciaria quinze dias na mais alta montanha de Portugal. E a “carreira diária”, que saía da Covilhã pela manhã e regressava ao fim do dia, tornava possível um dia bem passado. O campismo, apesar dos dois parques que existiam já na década de 80, era sobretudo selvagem. Escolhia-se um lugar plano, com algum curso de água por perto e alguma sombra e assim se passava o Verão.

O cenário alterou-se desde a década de 90. A oferta hoteleira aumentou, mas aumentou também a escolha de destinos litorais para as férias dos covilhanenses.  Este ano, porém, com a pandemia marcar o ritmo da vida, a Serra voltou a ser opção.

De colónia às férias dos jovens

O NC foi ao encontro de um grupo de 9 jovens que fizeram essa mesma escolha. O campismo não foi a opção, porque “a Pousada da Juventude ofereceu-nos condições bastante boas para podermos vir, com uma camarata e uma cozinha e a um preço muito bom”, afirma Carlota Bom Jesus, uma das participantes do grupo.

Todos se conheceram na escola nos primeiros anos e agora alguns vão-se separando pelas opções de estudo que vão fazendo. Seis rapazes e três raparigas, que pela primeira vez optam por fazer férias na Serra.

Nuno Reis, 17 anos, quase não conhecia a Serra, muito menos a Pousada. “Só tinha vindo uma vez à pousada para prestar provas para o Sporting da Covilhã e a Serra quase não a conhecia, além das estradas principais”, conclui.

A Pousada foi por isso uma boa opção, para uma semana de amigos e descoberta da Estrela. Actividades como caminhadas, banhos nas ribeiras que por ali passam, ver o nascer do sol e “o que os jovens gostam”, estiveram no programa destes jovens entre os 16 e 17 anos, alguns deles prestes a entrarem no mundo universitário.

Aquele edifício desconhecido pelos covilhanenses oferece agora esta possibilidade de alojamento a “preços simpáticos”, segundo dizem, para poderem ter as “primeiras férias juntos”.

(Reportagem completa na edição papel)

VER MAIS

EDIÇÕES IMPRESSAS

PONTOS
DE DISTRIBUIÇÃO

Copyright © 2020 Notícias da Covilhã