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Posto móvel testa 6o pessoas por dia

No posto móvel de rastreio à covid-19 instalado no Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira (CHUCB) são testadas cerca de 60 pessoas. Desde profissionais de saúde que vão entrar ao serviço, outros que estiveram em locais de exposição ao vírus, grávidas perto da data do parto ou, por exemplo, pacientes com cirurgias marcadas. Ninguém é internado sem fazer o despiste, para sua segurança e dos outros.

A estrutura foi montada em tempo recorde, quando um enfermeiro do serviço de Cardiologia testou positivo ao coronavírus de síndrome respiratória aguda severa 2, o que obrigou, nas horas seguintes, a submeter ao teste as muitas pessoas com quem esteve em contacto.

“A necessidade aguça o engenho”, diz Paula Brito, enfermeira, uma das responsáveis pela organização do posto. Não houve tempo para estudos elaboradas ou planificações demoradas. Foram fazendo e aprendendo ao mesmo tempo os aspectos a ter em conta. “Adaptámo-nos à insegurança e à incerteza”, realça a enfermeira, que depois de um período turbulento, em que foi necessário pensar em muito num curto período, agora se mostra mais descontraída.

É no parque de estacionamento, numa tenda fechada e uma outra apenas com cobertura, que se encontram três enfermeiras da Consulta Externa, devidamente equipadas, para fazerem os testes agendados.

A recolha, vá a pessoa a pé ou de carro, convém ser feita onde exista corrente de ar, devido à concentração de aerossóis. Caso alguém espirre ou tussa num espaço fechado, durante o procedimento, é necessário aguardar entre uma a hora e meia até as partículas no ar pousarem e se fazer a desinfecção da sala, para só depois outra pessoa poder ser testada.

O posto móvel, ao ar livre, agiliza o processo de recolha, uma vez que essas partículas se dissipam mais rapidamente e podem ser feitos mais testes seguidos, explica Paula Brito.

A “dignidade no cuidado de saúde” é uma das preocupações, tal como usar o equipamento de protecção individual adequado, garantir toda a segurança, ter cuidado com a recolha dos resíduos e com a temperatura das amostras, levadas o mais rapidamente possível ao laboratório, para que possam ser processadas sem que existam alterações.

Paula Brito sublinha que cada pessoa reage de forma diferente e o procedimento é mais fácil para uns do que para outros. “Há pessoas que estão extremamente nervosas, porque têm medo, e o medo é natural numa situação destas. Às vezes a reação do vómito ou da tosse acontece mais numas pessoas do que noutras”, conta.

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