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Pessoas com mais de 70 anos e doentes só podem sair à rua em situações excepcionais

Os idosos com mais de 70 anos e doentes crónicos só podem sair à rua em “situações excepcionais” como ir ao banco, correios, centros de saúde, anunciou ontem o primeiro-ministro.
Na Covilhã pouca gente tem circulado na via pública e à noite as ruas têm estado desertas. Ainda ontem, alguns dos seniores que costumam conviver no espaço público continuaram a sair, mas cumprindo as medidas de distanciamento social, por exemplo sentando-se afastados, em bancos diferentes.
“Os idosos com mais de 70 anos e para pessoas que sofrem qualquer morbilidade é imposto um dever especial de protecção pelo qual só devem sair das suas residências em circunstâncias muito excepcionais e quando estritamente necessárias”, afirmou António Costa.
Segundo o chefe do executivo, só podem sair de casa para assegurar a aquisição de bens que necessitem ou para irem ao banco ou aos CTT tratarem, por exemplo, da sua reforma, para se deslocarem ao centro de saúde, para fazer pequenos passeios higiénicos ou para passear os animais de companhia.
“Fora desta situação, estas pessoas devem evitar a todo o custo para sua própria protecção qualquer deslocação para fora da sua residência”, explicou António Costa à imprensa no final de uma primeira reunião do Conselho de Ministros que aprovou medidas que concretizam o estado de emergência em que Portugal se encontra desde as 00:00 de quinta-feira e até 02 de Abril.
Segundo o primeiro-ministro, “a experiência noutros países revela que são aqueles sectores da sociedade que estão mais atreitos à contaminação pela doença”, exigindo maior intervenção no internamento hospitalar e têm um mais elevado risco de mortalidade.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, foi detectado em Dezembro de 2019 e entretanto infectou já mais de 220.000 pessoas em todo o mundo. Dessas, mais de 9.000 morreram e mais de 85.500 recuperaram.
O surto começou na China, que contabiliza 80.894 infectados, 69.614 recuperações e 3.237 mortos.
Em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde elevou ontem o número de casos confirmados de infecção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. As mortes no país são três, assim como o número de doentes recuperados.
Entre os casos confirmados, 696 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, dos quais 20 em Unidades de Cuidados Intensivos. Até quarta-feira havia ainda 6.061 casos suspeitos e 8.091 contactos sob vigilância das autoridades de saúde.
Portugal encontra-se desde as 00:00 de ontem em estado de emergência e assim se manterá até às 23h59 do dia 2 de Abril, o que prevê a possibilidade de confinamento obrigatório e compulsivo dos cidadãos em casa, assim como restrições à circulação na via pública.

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