A ESTE – Estação Teatral vai estrear, no dia 25, no auditório da Moagem, no Fundão, a peça “O relato de Alabad”, que fala sobre o ano de 1147 e da defesa de Lisboa contra portugueses e cruzados.
Em comunicado, a companhia frisa que as apresentações desta que é a sua 39.ª produção terão lotação reduzida e acesso será feito de acordo com todas as normas estabelecidas pela Direcção Geral da Saúde para os espectáculos face à pandemia covid-19.
A ESTE também explica que “O relato de Alabad” foi um monólogo escrito e interpretado por Nuno Pino Custódio, com encenação de Miguel Seabra, entre 2002 e 2003, no Teatro Meridional, sendo que na produção que agora sobe à cena terá encenação de Nuno Pino Custódio e interpretação Pedro Diogo e Pedro Rufino (músico), enquanto a cenográfica e os figurinos são de Patrícia Raposo e o desenho e luz de Pedro Fino. “A peça fala do ano de 1147 e da defesa de Lisboa contra portugueses e cruzados em trânsito para a Terra Santa (Segunda Cruzada). Partindo de relatos ocidentais, recria-se o ponto de vista do ‘lado de lá’, o dos muçulmanos, através da crónica de Alabad bin Muhammad Almançor, arqueiro e poeta. Fugido de Santarém (tomada de assalto pelos portugueses meses antes), Alabad e o seu irmão Youssef são acolhidos por um tio lisbonense, procurando aí recomeçar as suas vidas”, especifica a sinopse.
Segundo a informação, a esperança de uma existência feliz naquela cidade florescente rapidamente se transformara numa tormenta, quando os cristãos chegam às portas da cidade para conquistá-la (na perspectiva do defensor) ou para reclamá-la (na ideia do invasor). A história acompanhará o cerco que durará quatro longos meses e que vai “obrigar os habitantes de Lisboa a viverem entre o limite das suas forças, tendo a fome e a peste como pano de fundo, e o necessitarem de continuar a enveredar esforços para repelir o inimigo”.
“Na tradição dos contadores de histórias e com acompanhamento musical/sonoro ao vivo, Alabad desdobra-se em inúmeras personagens e situações, descrevendo e confidenciando com palavras e gestos a perda de uma das mais importantes cidades comerciais do Al-Gharb Al-Andaluz. Já se conhecem os relatos de testemunhas presenciais do mesmo acontecimento. Agora há também este, vindo das muralhas de uma cidade caiada de branco. Tão verdadeiro e tão falso quanto os restantes que se conhecem?”, acrescenta-se.
As apresentações decorrem no auditório da Moagem – Cidade do Engenho e d’Artes, entre 25 de Junho a 5 de Julho, de quinta-feira a sábado, às 21:30 e no domingo às 17 horas.
