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Combatentes do Dominguizo abrem espaço para partilhar experiências

As fotos estão numa gaveta que raramente se abre, excepto quando, ocasionalmente, os netos pedem. São de uma época curta mas marcante e estavam longe da vista. Desde a semana passada, imagens a preto e branco que Manuel Gamacho trouxe da sua comissão de dois anos na Guiné, tal como as de 70 antigos combatentes do Dominguizo na guerra colonial, estão expostas num pequeno espaço no centro da localidade.

São três mil fotografias exibidas ao redor das paredes húmidas do antigo estabelecimento comercial que em outros tempos foi também loja de sapateiro e casa de habitação. Na Avenida 1.º de Maio, a poucos metros do Café Central, onde está uma chave para quando o local estiver fechado, encontra-se um repositório de memórias, que se pretende ser também um espaço de convívio para antigos combatentes e uma porta aberta à comunidade que queira conhecer um período da História que tem rostos e nomes da freguesia.

Durante dois anos António Gamacho esteve mobilizado na Guiné, onde “não havia dias bons”, apesar de as suas funções de telefonista nunca o terem obrigado a entrar em combate. Trabalhou na construção civil, foi emigrante e durante 30 anos comerciante em feiras e mercados, mas os tempos de tropa nunca são esquecidos.

Na exposição tem fotos suas em trabalho, “uma preta de Tabanca”, em tronco nu, a do camião sem uma roda depois de ter explodido uma mina, os momentos de confraternização na caserna ou com macacos. “Isto é um reencontro de memórias para nós”, descreve.

(Notícia completa na edição papel)

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