O Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, afirma, em carta enviada aos fiéis, que as expressões comunitárias de Fé devem ser repensadas “em alguns dos seus aspectos”, quando ganha força o regresso das assembleias em Maio, sobretudo para celebrações litúrgicas e sessões de catequese.
Depois de várias semanas em que os párocos não puderam ter gente a assistir às missas, optando pelos meios digitais e à distância para poderem chegar aos fiéis, D. Manuel recorda que estes “continuam contactáveis para dar orientações, prestar serviços urgentes, nas condições determinadas e também receber sugestões.”
O Bispo salienta que, “como é do conhecimento público, estão a ser pensadas, em articulação com as autoridades estatais, formas de iniciar a normalidade da vida das nossas paróquias e outros serviços que envolvam assembleias, a partir do início de Maio. Isto principalmente para as celebrações litúrgicas e as sessões de catequese. Enquanto estamos privados destas expressões comunitárias da Fé, somos convidados também a pensar alguns dos seus aspectos que precisam de ser revistos.”
Segundo D. Manuel Felício, esta revisão é “tanto mais importante que a façamos, quando estamos a fazer esforço colectivo para levar à prática as proposições da nossa Assembleia Diocesana. As prioridades que elas apontam, temos de as levar a sério, como são as seguintes: o reforço da vida comunitária das nossas comunidades e da relação entre elas, a evangelização e a catequese, a educação para a responsabilidade missionária, o serviço da caridade, e sobretudo a vontade de construir a comunhão desejada por Jesus. E tudo isto integrado no esforço de reorganização pastoral da Diocese em que estamos empenhados.”
Bispos preparam regresso das missas
Na terça-feira, 21, o Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) reuniu-se em videoconferência, preparando o regresso “possível e gradual” às celebrações comunitárias, após o final do Estado de Emergência no País.
Em nota enviada à Agência Eccclesia, o organismo dos bispos católicos adianta que “está a preparar orientações gerais, em diálogo com as autoridades governamentais e de saúde, para quando terminar esta terceira fase do Estado de emergência, com a retomada possível e gradual das celebrações comunitárias da Eucaristia e outras manifestações culturais”.