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Bispo apela à esperança para viver “as muitas crises”

Numa nota enviada às redações, D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, a propósito do início do Advento, faz um apelo a todos os diocesanos para que vivam estes tempos com a “certeza de que Deus nos acompanha e nos conforta principalmente nos sacramentos e com a  Sua Palavra, a partir principalmente da Assembleia do Domingo”.

D. Manuel recorda que “apesar dos muitos constrangimentos que nos vêm da pandemia que nos condiciona desde há mais de oito meses e não sabemos quando nos deixará, a Palavra de Deus faz-nos especial convite à vigilância” e que por isso, “quanto mais procurarmos identificar os sinais de Deus” mais conseguiremos “ajustar os nossos comportamentos à mensagem que eles nos transmitem para renovação pessoal, das nossas comunidades e das estruturas da própria sociedade enquanto tal”.

Num claro apelo à solidariedade e atenção por cada pessoa, o Bispo da Guarda refere que se “reforçarmos a nossa atenção, olhando para dentro e também para fora da Igreja, descobrimos as muitas crises e outras tantas pandemias que, de facto, afectam e fazem sofrer as pessoas”.  Por isso, desafia a que “usemos também este tempo do Advento para identificá-las bem, como sejam a crise da vida, a crise da protecção social, que teima em não dar a devida atenção aos mais vulneráveis; a crise no uso dos bens materiais, que não pode resumir-se, como muito frequentemente acontece, ao ritmo da produção e do consumo”.

Elencando estas mesmas situações de fragilidade, o Bispo diocesano refere-se ainda à “crise da saúde, a que agora estamos especialmente sensíveis pela conjuntura que nos afecta”, à “crise da solidariedade e da organização do trabalho, na crise da família, como também na incapacidade para dar cumprimento às muitas reformas necessárias, mas sistematicamente adiadas”.

D. Manuel aponta ainda a falta de “coragem” de quem tem em suas mãos a capacidade de decisão e operacionalização destas reformas, por causa de um receio diante das “dificuldades inerentes, incluindo o seu irrecusável odioso, que necessariamente vai ferir a popularidade de quem as decide e aplica”.

A nota relembra que “a vigilância que o Evangelho recomenda obriga-nos a estar atentos a todas estas crises, que já estão instaladas entre nós há muito tempo, mas que com a pandemia mais visibilidade que nos pede para descobrir as novas implicações que elas têm na vida da Igreja e na vida do mundo”.

Terminando a sua intervenção, D. Manuel define que “este novo ano vai ser muito diferente dos anos anteriores; mas queremos vivê-lo, mesmo nas instabilidades provocadas pela pandemia, com a grande certeza de que Deus está sempre connosco e principalmente no meio das dificuldades”.

Justifica que o “plano pastoral Diocesano pensado para três anos, está a ser adaptado às possibilidades que a saúde pública permite e que a Diocese não tem “possibilidade de fazer a habitual calendarização das iniciativas pastorais, com lugares e tempos predefinidos, como em anos anteriores”. Refere, no entanto, que “nem por isso vamos estar menos empenhados em viver e celebrar a Fé, procurando um permanente ajustamento ao que as circunstâncias permitirem ou aconselharem”.

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